segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Amor Felino
Recentemente recebi a notícia de que meu gato de estimação, o Lingüiça, está doente. Não sei o que aconteceu. Não moro mais com ele, não vejo mais como ele está e não tenho mais contato diário. Ao contrário das pessoas que deixei para trás, pois podem se comunicar comigo através das facilidades do mundo tecnológico, o Lingüiça não me dá mais notícias sobre sua vida.
A isso se dá o sentimento de desespero. A distância me impossibilita de saber o porquê de ele estar doente, quão doente ele está e quais providências podem ser tomadas. Estou incapacitada de agir.
O Lingüiça, desde quando chegou, sempre esteve presente nos meus momentos de felicidade e tristeza. Sempre me alegrou com suas gracinhas e destruições domésticas. Sinto como se estivesse o decepcionando, pois agora não estou lá para cuidar do meu “filhote”. Por mais estranho que seja ele é um dos maiores motivos de saudade da vida que deixei para trás: saudade de uma bola de pêlos sobre o meu pescoço, saudade de um bichinho esquentando meus pés, saudade do ronronar quando o gato recebe carinho.
Meu maior medo é que aconteça algo mais drástico com ele, como a morte, e não estar lá. Ou não ter estado lá enquanto pude para aproveitar o máximo possível de sua existência e companhia. Como seria saber através de meios frios, como o telefone e a internet, sobre a morte do meu gato? Qual a sensação de não poder se despedir de alguém por quem tem grande amor e carinho?
Terror.
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Um comentário:
Ah, Jenny, nós que temos gatos somos unidos. Tô aqui com a Scarlett dormindo no meu colo, pensando no terror que seria estar sem ela e sabendo que está doente. Ela acabou de morder minha pulseira. Não sei o que seria de mim sem seus dentes e seus arranhões.
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