Sempre a mesma coisa. A cada ano que passa novos filmes bombásticos são produzidos e todos os cinéfilos saem correndo para prestigiarem as novas mega-produções. Confesso que Ponta Grossa impede essa possibilidade aos frequentadores do cinema local, mas basta um retorno ao lar para que eu faça um update no new movies database.
O primeiro filme da sequência foi o ganhador de singelas 8 estatuetas (de 10 indicações) do Oscar, Slumdog Millionaire (Quem quer ser um milionário?).
Com o decorrer do longa-metragem são tantas informações e fatos que nos fazem parar por um momento e pensar: "Peraí, mas qual é o tema principal mesmo?" E, na minha opinião, aí jaz a beleza da produção. A capacidade de misturar uma história de amor com problemas sociais de todos os tipos e níveis, com uma pitada de gângsters, com os laços de família se entrelaçando e desentrelaçando para entrelaçarem-se novamente, com a típica inocência infantil e, obviamente, preconceito, sem cansar a mente ou confundir a audiência é genial.
Sem dúvidas, um filme para refletir. O fato de um slumdog virar millionaire pode ser encarado como um detalhe quando comparado à sequência de acontecimentos que permitiram o personagem alcançar a fortuna.
Em seguida (literalmente) o filme é Milk (Milk: A Voz da Igualdade).
Pra começar, Sean Penn atuou de maneira brilhante. Antes de assistir ao filme, li várias resenhas sobre o mesmo em diversas revistas e o máximo que esperava era a polêmica em torno de um assunto delicado para a época (e até mesmo nos dias de hoje). Além de retratar como a comunidade gay conquistou seu espaço a partir de uma rua até reconhecimento nacional, Sean Penn foi muito bom.
Apesar do ponto forte com uma atuação exemplar, o longa em si não merece tanta pompa. Muito bom, mas não excelente. Principalmente depois de ver o Slumdog. O interessante mesmo é a parcela de realidade, o fato histórico da coisa. Vale ressaltar como também é levado em consideração o conflito interno de um homossexual até "sair do armário", a união de um grupo em defesa dos interesses em comum - coisa que não se vê com tanta frequência assim, e os relacionamentos amorosos tão conturbados quanto em qualquer filme hetero.
(Para aqueles que assistiram Brokeback Mountain e não gostaram pelo homossexualismo e só, nem gastem seus dinheiros com Milk.)
Para finalizar a maratona, por enquanto, a última sessão foi com Angelina Jolie em The Changeling (A Troca).
Bom, a fama da atriz de supermommy não é novidade pra ninguém, né? Provavelmente a melhor escolha para o papel. Como diria Nicole Kidman: "As one who would not let her son be forgotten", Jolie entende muito bem de babies.
Convenhamos, a mulher é foda. E encarnar outra mulher tão foda quanto não é pra qualquer uma.
(Confesso que não curti Jennifer Aniston ser trocada por ela, Brad Pitt combina muito mais com a Jenny do que com a Angie. Enfim, quem entende os troca-trocas Hollywoodianos?)
Enfim, o começo da minha semana de Carnaval em casa foi assim: overdose de cinema.
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2 comentários:
poxa vida, mal espero pra pelo menos um dos ganhadores chegar aos cinemas daqui.
que saco.
Dos três que você comentou, só vi Slumdog Millionaire e gostei bastante, só não sei se pode ser considerado um dos melhores da década como estão passando nas propagandas aqui. Eu vi Rachel Getting Married (Anne Hathaway foi indicada por esse) e achei muito bom também. Vou ver Milk e The Reader em breve.
Angelina Jolie? Nem merecia.
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