terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Contagem Regressiva
Falta pouco.
Os últimos exames já foram e agora é só uma questão de dias para seguir com as férias.
O negócio de Londrina, minha gente, é que, ao contrário de mim, todos os meus amigos ficaram por lá fazendo UEL ou fazendo cursinho para tentar passar na UEL. Ou seja, enquanto férias para mim é voltar para casa, férias para eles é ir para qualquer lugar.
Pelo menos nessa primeira semana vou pra Foz aproveitar os últimos momentos de namorado. Paraguay, Argentina, todo o guia turístico que a cidade oferece e aquela coisa toda.
Vai ser triste ficar meses sem o Cleber aprontar alguma coisa, sem ouvir as histórias da Ju/Liandra/Carla, sem fofocar com a Fê e a Thalita, sem o Dani e suas mentiras, sem todos os draminhas da nossa sala, sem todos os bafons do curso.
Como a Ju disse: o que será de nós sem nós mesmos?
Bom, enquanto isso, boas férias pra todo mundo e até o 2º ano 2009!
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Amor Felino
Recentemente recebi a notícia de que meu gato de estimação, o Lingüiça, está doente. Não sei o que aconteceu. Não moro mais com ele, não vejo mais como ele está e não tenho mais contato diário. Ao contrário das pessoas que deixei para trás, pois podem se comunicar comigo através das facilidades do mundo tecnológico, o Lingüiça não me dá mais notícias sobre sua vida.
A isso se dá o sentimento de desespero. A distância me impossibilita de saber o porquê de ele estar doente, quão doente ele está e quais providências podem ser tomadas. Estou incapacitada de agir.
O Lingüiça, desde quando chegou, sempre esteve presente nos meus momentos de felicidade e tristeza. Sempre me alegrou com suas gracinhas e destruições domésticas. Sinto como se estivesse o decepcionando, pois agora não estou lá para cuidar do meu “filhote”. Por mais estranho que seja ele é um dos maiores motivos de saudade da vida que deixei para trás: saudade de uma bola de pêlos sobre o meu pescoço, saudade de um bichinho esquentando meus pés, saudade do ronronar quando o gato recebe carinho.
Meu maior medo é que aconteça algo mais drástico com ele, como a morte, e não estar lá. Ou não ter estado lá enquanto pude para aproveitar o máximo possível de sua existência e companhia. Como seria saber através de meios frios, como o telefone e a internet, sobre a morte do meu gato? Qual a sensação de não poder se despedir de alguém por quem tem grande amor e carinho?
Terror.
sábado, 8 de novembro de 2008
tipo um desabafo...
Sinto que é realmente necessário justificar o motivo da minha looonga ausência. O que aconteceu foi algo muito comum, que acontece todos os dias com alguém e certamente já aconteceu com algum conhecido seu... Eu havia excluído minha conta do google e vou explicar o porquê.
Certo dia - não me lembro muito bem qual, foi em meados de outubro - resolvi acessar o orkut e ver como andava meu perfil. Foi quando o alerta vermelho apareceu, taxativo: “A senha digitada não coincide com a senha armazenada no Windows para este nome de usuário”. Tentei de novo e de novo e de novo. “Prooonto! Invadiram meu orkut!”. Dito e feito.
Através do perfil da senhora minha mãe, observei que haviam invadido meu perfil e mudado minha senha, além de terem alterado minha frase (aquela que fica logo abaixo do: “Bem vindo, Fulano de Tal!”) e mandado um recado extremamente tosco para meu amigo Cleber.
Depois de alguns dias de solicitações de exclusão e denúncias de conta invadida, finalmente tive meu perfil deletado.
Bem, depois disso, passei a refletir sobre algumas coisas:
- O que a pessoa ganhou com isso? Digo, se a intenção era prejudicar minha vida e meus relacionamentos, não houve sucesso. O Cleber, que recebeu o recado, além de todas as outras pessoas que visitaram minha página nos dias anteriores à exclusão, sabiam que não era eu quem tinha escrito aquilo. Quem me conhece sabe que eu não sou capaz de escrever tanta asnice. A pessoa provavelmente quis de divertir por um tempo curto, que durou até a exclusão. E o resultado disso? Minha vida está igual, minha amizade com o Cleber e com meus outros amigos também.
- O que leva uma pessoa a fazer isso? Bem, até onde eu sei, não dou motivos para ninguém sentir raiva/inveja/ciúmes de mim, salvo em casos em que não há motivo (um fulano da vida acorda num belo dia e resolver curtir com a cara de algum desconhecido). Penso que a melhor demonstração de inferioridade que alguém pode cometer é justamente se preocupar tanto com o outro, a ponto de pensar que prejudicar é melhor do que tentar reunir forças e melhorar de vida. Ao sentir-se inferior ao prejudicado, a pessoa tenta destrui-lo. Contudo, ao invés de enfrentar a situação honestamente, invadir um orkut parece ser a via mais rápida, simples e estúpida, o que está plenamente de acordo com o caráter de quem fez.
- Tudo bem, posso estar reclamando demais. Afinal, foi só um recado e uma frase alterada... Mas imagina quem tem não só o orkut mudado, mas também as fotos, as comunidades, os recados, o "quem sou eu"... Toda uma imagem destruída! Para todos os casos, há uma vingança possível: Ir na delegacia de crimes virtuais, rastrear o número do pc e cumprir todo o protocolo. Hoje isso está muito mais acessível. Essa atitude pode até mudar o comportamento do culpado, mas este não deixará de ser deprimido e frustrado em relação aos outros. Vai continuar alimentando um ódio absurdo. Bem, disse uma vez Bernard Shaw: "O ódio é a vingança do covarde". E ponto.
- Bem, posso dizer que há males que vêm para o bem. Aprendi com isso, que orkut, além de estabelecer contato com amigos e entes distantes, não tem muita utilidade. É claro que conhecer gente nova é legal, ver fotos de pessoas queridas, também. Mas um orkut, quando mal usado, só serve com um reduto de exibicionismo declarado.
- Por fim, quero dizer que estou muito feliz em voltar a escrever aqui. Julgar os outros é errado. Quantas vezes senti ciúmes/inveja/raiva de alguém. Porém, não demonstrei. Sabe, sou muito da filosofia do "tudo que vai, volta". Tenho toda certeza de que a pessoa que fez isso, será prejudicada algum dia em algum outro aspecto de sua vida. Não é maldição nem nada. É que uma pessoa que faz isso, tem segurança o suficiente para fazer coisas piores. Sem ser piegas, mas a frase é boa: "O mal da ignorância é que vai adquirindo confiança à medida que se prolonga." (Autor desconhecido). E ponto.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
2º turno londrinense
O pior não é nem quem foi vencedor ou perdedor, cada um tem o direito de votar em quem acredita ser o melhor e a democracia é o regime desse país. O assustador é o grande número de votos nulos(10.368 (3,03%)/brancos(4.753 (1,39%)/abstenções(58.236 (17,03%). A pessoa que não quer votar em nenhum dos candidatos provavelmente segue a seguinte lógica: "vou protestar, não sou a favor de nenhum dos candidatos, não vou votar no menos pior!" Acontece que enquanto não é possível anular uma eleição quando se tem certeza de que os votos nulos não atingirão 50% + 1, gente, tem que votar no menos pior.
Quer protestar? Proteste deitando no meio da rua. Proteste ao votar vestido de palhaço. Proteste apitando, batendo panela, correndo pelado pela rua. Proteste como quiser, menos quando o futuro da administração de uma cidade está em jogo.
Basicamente, esse é o meu protesto.
(os dados numéricos saíram daqui: http://www.jusbrasil.com.br/noticias/153548/2-turno-ao-menos-nas-urnas-antonio-belinati-e-o-eleito-nas-urnas-maior-votacao-nao-garante-triunfo-de-belinati-na-justica-processos-serao-julgados-ate-dia-19)
domingo, 21 de setembro de 2008
Só em Ponta Grossa mesmo...
Obviamente que não vou citar o nome do canal. O programa é pra ser feminino, mas restringe-se a um conteúdo sobre moda e culinária. Já começa por aí.
Com um sotaque inegavelmente pontagrossense, uma moça de cabelos pretos e uma roupa chamativa anuncia: “Gentê, agora vamos conferir um desfile ma-ra-vi-lho-so da loja Etc&Tal, aqui com a nossa amiga Fulaninha!”(apresentadoras e lojistas sempre são amigas). “Como você tá Fulaninha? Faz tempo que não vejo você!” (hábito repugnante dos apresentadores locais de falarem com o entrevistado de maneira íntima demais, daqui a pouco já estão falando sobre a cirurgia de apendicite que o dito cujo fez). “Ah! Tô ótima! É sempre uma prazeRR estaRR aqui!".
Após uma conversa insossa, modelos descem de uma escada e andam por uma passarela visivelmente improvisada. “Agora, a geente tá vendo aqui uma roupa mais modinha (porque modinha, meu Deus?), né Fulana, que estampa maravilhosa!" e passa o microfone bruscamente para a entrevistada, que se vê obrigada a falar, mesmo que não diga nada de importante. “ÉÉ! Bom, essa modinha aí é mais pra adolescente né, você vê que a calça é mais justa e a blusa né, toda estampada né, bem adolescente".
A modelo, claramente desconfortável, faz uma pose estranha e sorri de um jeito falso. Nota-se a maquiagem de extremo mal gosto e as unhas mal feitas. Logo entra outra modelo, um pouco acima do peso, nariz grande e olhos maquiados de um preto tão intenso que mais parece que levou um soco no olho. “Mas que liiinda essa calça! Uma roupa mais pra senhora né?” “É!”, responde a entrevistada com seu comentário construtivo.
A câmera foca na “modelo”. Sim, é uma senhora. Percebe logo que a câmera foca nela e muda bruscamente de posição. Barriga encolhida e sorriso falso. Constrangida, imagino que pense: “Não acredito que tô fazendo isso por trinta reais!”. A apresentadora procura mostrar-se interessada e avisa: “Olha, tenho uma calça parecida.” Repentinamente vira a bunda para a câmera numa tentativa desesperada por mais audiência numa hora em que as pessoas estão lavando seus cachorros e seus carros. “Que bordado maravilhoso né? Hoje tá tão na moda assim, bordado.” Sim Fulana, você e seus dizeres inteligentes.
Após a tortura de assistir o “desfile”, dou por mim e estou vendo a morena chamativa ao lado de uma velha gorda, e ambas estão ensinado como fazer uma torta de chocolate com nozes numa cozinha feia. “Bom”, penso, “acho melhor fazer o trabalho que ganho mais”.
Moral da história: Antes Faustão do que a irritante TV local. Definitivamente.
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Só mais uma reflexão...
- Sábado à noite, você no msn. "Nooooooosssaaaaaaa! Você por aqui? Não vai sair? Credo, você não era assim!"
- Terça-feira, você chega na aula. "Aconteceu alguma coisa? Tá triste? Não, por nada não. É que você costuma ser tão alegre..."
- Algum dia quando você afirma que não fez algo que todo mundo fez. "O quê? Você não foi no Scorpions/ não viu Star Wars/ não assistia Chaves/ não teve um tamagochi? Em que mundo você vive?"
- Algum dia, quando você afirma que faz algo que nem todo mundo faz. "Hãn? Você joga bocha/ come agrião/ gosta de academia/ ouve música clássica/ lê José de Alencar? Em que mundo você vive?"
- Um final de semana, quando você decide usar uma roupa diferente. "UAUUUUUU! Vai pegar alguém né? Não... é que na faculdade você se veste tão...ham...assim...confortável."
- Um meio de semana, você, categórico, afirma que não quer se envolver com alguém. "Aiiii! Creeeeedddo! Pare com isso. É bom ter alguém. Tá carente né?"
Não. Não quero escrever auto ajuda. Muito menos fazer com que alguém pense: "Ihhhh, será que esse texto é pra mim? Será que falei alguma coisa e ela não gostou?"
Não.
Eu só queria colocar essa minha reflexão. Penso nisso faz tempo. Quantas vezes a gente age de alguma maneira que não estamos acostumados ou não gostamos só porque estamos em um grupo e temos medo do julgamento alheio? Isso acontece muito. Se decidimos ir contra a correnteza é pior, as pessoas falam todas aquelas coisas em aspas ali em cima... Daí de duas uma: Ou você cede ou fica como o chato/estranho/louco da galera.
Sempre tem aquele dia que você quer ficar na sua. Dáí vem quinze caboclos com mil perguntas. Na realidade, não aceitamos comportamentos diferentes dos nossos, hábitos, costumes "anormais" pra nós... Minha dica é essa: Não cobre, não julgue. Mesmo que seja com boas intenções... Deixa pra lá. Garanto: sem cobranças, as pessoas se sentem muito mais felizes.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
A arte de não ter sobre o que escrever
Então, vou aproveitar a minha nova ocupação das quartas-feiras, o projeto de extensão "Direito, Cidadania e Comunicação", para falar sobre as coisas que aprendi hoje.
Vocês sabiam que ao nascer um bebê e se ele viver apenas por alguns instantes, ainda assim esse pequeno indivíduo possui direitos? Sim! A criança mal respirou e alguém, no caso seus responsáveis, pode exigir os direitos por ela!
Porém, não se iludam, esses tais direitos não são tão extensos assim. Pelo o que eu pude entender, existe o direito ao sepultamento e o direito aos registros de nascimento e de óbito. Agora, percebam como é bizarro existir uma coisa para legalizar seu enterro. Parece uma ação tão básica, não é mesmo? Morreu, enterrou. Simples.
Por outro lado, caso não realizassem esse registro haveria túmulos por todos os lados (exagero, ok), sem controle, sem conhecimento por parte do governo local da existência dos mesmos. Afinal, se existe esse direito provavelmente ao exercê-lo é emitido algum tipo de documento garantindo sua efetivação e expedindo uma cópia para arquivo do órgão responsável pela emissão. Certo?
A sociedade exige regras, até mesmo para cavar um buraco e depositar restos humanos que entrarão em decomposição.
Enquanto moramos com nossos pais existem regras específicas, quando moramos com outras pessoas também existem regras específicas, mas a especifidade muda. O mesmo pode ser aplicado em comunidades com culturas diferentes, em religiões diferentes, enfim, em todo tipo de variedade de agrupamento social. A ideologia pregada por cada grupo único rege o padrão de vida que será levado.
Não me lembro agora qual famoso filósofo pensou nisso antes de mim, mas o conceito de leis serem necessárias para um convívio harmônico em sociedade é notícia velha. Seja qual for o ambiente, desde uma tribo selvagem até o regime mais autoritário possível, padrões de comportamentos aceitáveis ou não sempre existem.
Inclusive os revoltados auto-intitulados de excluídos da sociedade, eternamente insatisfeitos com as injustiças sociais e revolucionários natos, são necessários para o bom funcionamento do mundo, por incrível que pareça. Como diria Marx, o conflito social é indispensável para a evolução e aperfeiçoamento das comunidades.
Portanto, simplesmente aceitem as coisas como são, pois em qualquer lugar tudo funcionará de acordo com a mesma fórmula na qual as variáveis são, obviamente, variadas.
É, pra quem não conseguia escrever sobre nada, até que isso aqui não ficou tão ruim... (espero)
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
doe sangue doe sangue doe sangue doe sangue doe sangue doe sangue doe sangue doe sangue
Hoje está na universidade um pessoal da Hemepar realizando a coleta de doações em parceria com o Cajor(Centro Acadêmico João do Rio). Pois é, bem que eu tentei, mas não posso.
Não, não tenho AIDS! Tomei remédio até segunda-feira e ainda preciso esperar alguns dias para poder me tornar uma doadora de sangue.
Enfim, o objetivo básico desse texto é: abrace a causa!
Pensem, colegas, quantas pessoas hospitalizadas precisam de sangue para sobreviver (tá, até as não hospitalizadas precisam de sangue para sobrevivar, mas vocês entendem o que eu quero dizer) e quantas pessoas deixam de doar por medinho da agulha ou por preguiça?
Talvez esse não seja o melhor incentivo, mas provavelmente é o que mais faz as pessoas reconsiderarem, porém um dia pode ser você, uma pessoa da sua família, um amigo, enfim, alguém querido, que vai precisar do sangue de um desconhecido. Se isso não for o suficiente, saibam que tem lanchinho grátis para a recuperação e, inevitavelmente, exame de sangue também gratuito!
Mundo capitalista, baby, ninguém quer dar sem receber em troca, não é mesmo? Então vá simplesmente para sentir que você é uma pessoa melhor. Mas faça alguma coisa em prol do benefício alheio.
Não dá para dizer que não dói nada, porque a gente sabe que dói. Só uma picadinha de formiga!
domingo, 24 de agosto de 2008
Diário de uma dieta
Segunda-feira: Ah! Hoje estou tão animada! Vou começar uma dieta. Peguei uma aqui, se chama dieta dos pontos. Basta comer e depois marcar, preciso somar 300 pontos por dia! Não é o máximo? Diz que posso até comer chocolate! Lógico que tem mais pontos! Boa, muito boa.
19 horas: Estou me sentindo muito bem! Só comi coisas saudáveis hoje! Salada, frutas... Tava pensando como é bom ser saudável. Ontem de noite comi igual um boi na engorda, hoje estou bem mais equilibrada!Terça-feira: Resolvi me matricular numa academia. Vou fazer uns tal de body não-sei-o-quê, sei que emagrece um monte! Uma moça me disse que perdeu 2 quilos numa semana! Estou super empenhada! Nunca mais vou me sentir uma baleia. Aliás, to precisando fazer um bronzeamento. Praia né, aquele esquema...
19 horas: Olha, eu fui tentar fazer aquelas aulas! Fiz uma chamada body combat! Meu Senhor, suei igual um demônio. Até que me atrapalhei um pouco, sou meio descordenada, mas estou confiante. Voltei meio tonta pra casa, acho que deve ser o calor.Quarta-feira: Tá! Eu confesso: to com uma fome lazarenta! De manhã não consegui ficar só no iogurte com papaia... Ai! Mas um pãozinho não mata ninguém! De tarde eu compenso. Não to a fim de escrever! Vou estudar!
19 horas: Não consigui estudar muito, já to me sentindo fraca. Tive que comprar pão integral na padaria... Todos aqueles doces, sonhos, coxinhas... Tudo me olhando: “Me coma Thalita, sei que você me deseja!”. Fui mais forte. “Mais alguma coisa?” “SIMMM! Me veja três coxinhas, nove pães de queijo e oitenta brigadeiros! Ah! Quero também esse bolo, com porção extra de creme!” Lógico que eu só pensei. Fui embora.Quinta-feira: Impossível! Meu estômago parece um abismo! E essa dieta dos diabos que até agora não fez efeito? Fui na farmácia me pesar e olha só: quatorze gramas perdidas! Vá pro inferno! Todo esse esforço para nada! Tudo bem que foram só três dias... Ai! Hoje to irritada! Não sei se é o calor ou TPM, mas eu queria mesmo sair na rua com uma 38 e matar todos as pessoas magras! Queria viver só com gordos! Assim não me sentiria mal, faríamos uma grande ceia e engordaríamos ainda mais!
19 horas: Fraca, tonta, dor de cabeça, fome. Fui tentar fazer outra aula: por Deus que eu não desmaio.Sexta-feira: Quer saber? Não faço mais dieta! Final de semana tá aí! Vou é tomar umas e comer o bolo da tia. E que se foda o resto! Tem tempo pro verão... Qualquer coisa eu compro uma Boa Forma e faço o plano: “Bikini: perca seis quilos com uma dieta super saborosa e exercícios fáceis!”
19 horas: NÃÃÃÃÃÃÃÕ! Porque eu fui comer aquele bolo maldito? Ai! Preciso de dieta. Segunda eu começo!
Inspirado em fatos reais...
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Porque de médico e louco...
Pois bem, vou tentar escrever algo sério agora, inspirada pela minha companheira de blog e seu último texto. O fato é que pude fazer uma viagem no final de semana passado. Fui pro Rio de Janeiro juntamente com a turma de faculdade da minha mãe.
Vi tudo que qualquer turista vê quando vai lá. Gastei o olho da cara pra andar
de bondinho no Pão-de-Açúcar, fui pertinho do Cristo (escadas rolantes que
facilitam a vida dos preguiçosos), visitei a moradia de verão dos Orleans e
Bragança, um tal de Dom Pedro II, filhinhos e filhinhas e por fim, visitei
também o Museu da Imagem e do Inconsciente.
Esse Museu aí, era o real motivo da viagem da turma de faculdade de psicologia.
Sim, fui de enxerida mesmo. Para leigos como eu, o Museu, que fica na zona norte
do RJ, foi criado pela psiquiatra Nise da Silveira, no lugar que era o antigo
Hospital Psiquiátrico Dom Pedro II. O objetivo do lugar, entre outras coisas, é
mostrar o potencial artístico de pessoas com distúrbios mentais.
Dona Nise revoltou-se com o tratamento dado aos louquinhos. Os hospitais
psiquiátricos eram locais frios. Longos corredores entre quartos
individuais,
onde residiam pessoas apáticas, que não eram estimuladas a se
desenvolver,
apenas a permanecerem quietas. O pior disso tudo eram os
choques e procedimentos
como a lobotomia, aos quais os pacientes eram
sujeitados. (Você certamente já
viu filmes em que pessoas eram deitadas com
a ajuda de enfermeiros e submetidas
a choques elétricos. Esse procedimento
assombroso, usado para todos os casos e
em grandes proporções, acabava com
as pessoas, deixava-as mortas por dentro).
E o que a tal da Nise tem a ver com isso? Ela simplesmente não aceitava que
pessoas, seres humanos, fossem tratados como animais, levando choques todo o
tempo e sendo duramente repreendidas, naqueles lugares frios e que mais pareciam
prisões. Começou a tratar seus pacientes com amor, dava-lhes pincel e
tinta e pedia que esses desenhassem o que sentiam.
O resultado disso tudo é que grandes gênios nasceram. Pessoas aparentemente
anormais demonstravam enorme destreza ao pintar. Passaram a receber um
tratamento digno, sem mais choques ou repreensões. Foram reconhecidas e amadas.
Tive a grande chance de conhecer o Museu do Inconsciente. Vi as obras,
magnifícas (queria eu saber desenhar daquele jeito) e conversei com algumas
pessoas. Hoje em dia, depois da Reforma Psiquiátrica (que proibiu inclusive a
existência de hospitais psiquiátricos e o uso indiscriminado de choques), pessoas com distúrbios mentais se
dirigem ao local para passar o dia, conversar e pintar.
E o que eu quis dizer com isso tudo? Que muitas vezes, dentro da própria
sociedade "normal", potenciais são reprimidos e grandes gênios ignorados. Aposto
que você já ouviu falar de algum grande pensador/artista/escritor que
sofre/sofreu com alguns desses distúrbios. E são pessoas brilhantes e
autênticas. Pude comprovar isso conversando com os próprios. Eles não saem
falando sozinhos ou machucando as pessoas. Eles simplesmente são pessoas.
Para terminar, fica a dica de conferir, mesmo que na net, o trabalho dessa
brilhante doutora, sua trajetória e a de seus pacientes. http://www.museuimagensdoinconsciente.org.br/html/nise.html
dá uma aula maravilhosa de psicologia, mostra inclusive na prática, o que nós,
estudantes de jornalismo, aprendemos sobre Jung nas aulas da Joce. Fica a dica:
leia, comente, exponha. Porque como disse Oscar Levant "Há uma fina linha entre
genialidade e loucura. Eu apaguei essa linha."
sábado, 2 de agosto de 2008
Canela custa caro
- Bom, como tá faltando uma parte da bebida, não tem como cobrar menos?
A reação imediata da mesa inteira foi ridicularizar minha atitude, afinal, quanto drama só por um pouco de temperinho numa bebida, não é mesmo? Não faz sentido perder tempo e incomodar o pobre garçom, que não tem nada a ver com o drinque nem com a canela.
Outro momento brilhante que apenas um amigo pôde presenciar ocorreu no Mc Donald's (não, não fui contra o sistema). Nós dois pedimos exatamente o mesmo sorvete, um tal de Top Sundae, sabem qual é? Pois sim, o próprio. Apesar de os pedidos terem sido iguais, a pessoa que me atendeu simplesmente me entregou um sorvete equivalente à metade daquele que foi servido ao meu amigo. Sim, eu exigi o mesmo tanto de sorvete.
De novo, a mesma reação. Meu companheiro não conseguia controlar seu ataque de risos enquanto eu explicava para a gerente que queria o mesmo tanto de sorvete que ele. Sou mesquinha, né? Quanto drama, quanta tempestade em copo d'água, quanto exagero por coisas tão pequenas.
Não, amigos, é tudo por uma causa maior. Uma característica dominante em parte dos brasileiros de classe média/alta é não exigir seus direitos de consumidor. Não faz diferença se o produto que você comprou custou trezentos milhões de reais ou apenas um mísero real. O preço é proporcional ao trabalho e custo de materiais para produzí-lo, na maioria das vezes. O fato de não exigir canela no drinque que sempre deveria ter canela é o mesmo que dizer: Tudo bem, você não precisa entregar o produto completo pelo qual estou pagando. É fazer papel de idiota.
O mesmo é aplicável à típica situação de ignorar o um centavo de troco. Rá, também sou chata com isso! Além de estarem deliberadamente roubando seu dinheiro, é propaganda enganosa aquele preço R$X,99 com o intuito de apenas passar a impressão de o produto não ser tão caro quanto realmente é.
As copiadoras ao redor da universidade encontraram uma alternativa para esse problema: o troco em "vale centavos". É uma solução, por mais que não seja dinheiro de verdade, pelo menos é possível pagar algum xerox em acúmulo de "vales". Porém, ontem fui surpreendida ao receber meu troco em centavos de moeda! Praticamente uma revolução.
A moral da história não é apenas uma questão de ser chata ou implicante. É uma questão de respeito. Tentar passar a perna em alguém vendendo qualquer mercadoria que seja incompleta ou fingir que o troco não existe, para mim, é insultar a inteligência alheia.
São tantas as situações em que não valorizamos o trabalho árduo de alguém para conseguir aquele dinheiro que passou a ser mais um hábito. Podemos fazer uma comparação com aquela propaganda sobre pirataria na qual o filho de um casal colou na prova. Ó céus, foi isso o que os pais ensinaram ao menino quando compraram um dvd pirata? Não exatamente, mas é tão próximo quanto qualquer situação em que a moral é deixada de lado.
Jennifer Ann Thomas
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Mulheres
Resolvi parar de observar senhoras esperando secarem seus sedosos cabelos. Ou não seriam enormes capacetes de tinta e prendedores, num estilo que me lembra muito a Morgana do Castelo Rá-Tim-bum? (Saudoso Castelo Rá-Tim-bum!).
Bem como ia dizendo, parei de olhar. Resolvi pegar uma revista que aquelas madames folheavam tranquilamente. Era uma Claudia. E foi aí que o pesadelo começou.
Tudo bem, tudo bem. A moça da capa era bonita. Uma tal de Cláudia Raia. Vestidinho rosa esvoaçante e um ar de não-adianta-você-nunca-vai-ficar-igual-a-mim. Acha pouco? “Claudia Raia faz revelações sobre família, amor e boa forma”. O que? O que? O que tanto a famosa atriz tem para nos revelar? “Amo a complexidade do meu personagem”. “Malho muito e como pouco”. “Estou numa fase muito boa. Amo meu marido e meus filhos”. E daí? Era isso? (!)
Desisto rapidamente dos clichês da Claudia Raia e continuo saboreando minha leitura.
Entre uma página e outra, mais surpresas (des)agradáveis. “Manual do Orgasmo – posições e técnicas para fazer você ver estrelas”. A reportagem um tanto picante vem seguida de “dicas de moda e beleza para o verão – aposte nas estampas!” e “Corpinho de verão - 3 meses para entrar em forma !”. Essa última em particular me dá um grande desespero. Vejo mulheres sorridentes tomando sol de bikini e/ou fazendo exercícios na praia. “Vamos meninas! É só pegar uma caneleira de cinco quilos e fazer o seguinte movimento!”. Isso chega a fazer eco no meu cérebro. Meu Deus! Só 3 meses para o verão? E eu aqui, sentada de que nem uma morsa esperando eliminar gordurinhas com a força do pensamento.
“Matérias” sobre como educar os filhos, recheadas com frases de efeito, colunas de socialites que contabilizam mais cirurgias plásticas do que calcinhas e porque não? Receita de macarrão ao pesto e oráculos.
Pior ainda são as propagandas. Modelos que mais parecem criaturas não pertecentes à raça humana. Photoshop. E muito.
Já hipnotizada e com vontade de sair correndo para uma academia/shopping/clínica estética (a Claudia Raia faz drenagem linfática), o aviso soa aliviador nos meus ouvidos: Thalita querida! Vamos pintar o cabelo?
É por isso, meus queridos amigos e mais especialmente, minhas queridas amigas: Fechem as revistas e digitem no youtube: celebrities photoshop. Por fim, esqueçam, do verão, comam uma lasanha e sejam felizes!